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Empresa que não depositar férias no prazo terá que pagá-las em dobro

O TST (Tribunal Superior do Trabalho) transformou em súmula uma série de decisões trabalhistas tomadas nas últimas décadas. 
Isso significa que os demais tribunais deverão seguir esses entendimentos em relação à legislação, o que aumenta a garantia de direitos para os trabalhadores. 
A resolução divulgada ontem converte em súmula 11 orientações já publicadas pelo TST. 
De acordo com o tribunal, não há nenhuma alteração importante em relação aos entendimentos existentes. Veja a seguir o que se tornou súmula. 
FÉRIAS - Em relação ao período de férias, por exemplo, o TST esclarece que é devido o pagamento em dobro, caso a remuneração não seja depositada até dois dias antes do início do período de folga. 
JORNADA - Também fica definido que não tem validade qualquer cláusula prevista em convenção ou acordo coletivo que aumente o limite de cinco minutos antes ou no final da jornada de trabalho, limitado a dez minutos diários. 
PARTICIPAÇÃO NO LUCRO - Não é necessário que o contrato de trabalho esteja em vigor na data prevista para distribuição de lucros para que o trabalhador tenha direito ao benefício. 
"Assim, inclusive na rescisão contratual antecipada, é devido o pagamento da parcela de forma proporcional aos meses trabalhados, pois o ex-empregado concorreu para os resultados positivos da empresa", diz o TST. 
INSALUBRIDADE - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional. 
É necessária também que a atividade esteja na relação oficial do Ministério do Trabalho. 
Para os serviços de higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação, e a respectiva coleta de lixo, é necessário pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo. 
PERICULOSIDADE - Quando o pagamento de adicional de periculosidade é efetuado por decisão da empresa, ainda que de forma proporcional ao tempo de exposição ao risco ou em percentual inferior ao máximo legalmente previsto, não é necessário realização da prova técnica para comprovar existência do trabalho em condições perigosas.
O pagamento "torna incontroversa a existência do trabalho em condições perigosas", afirma o TST.
PERÍCIA - A União é responsável pelo pagamento dos honorários de perito para beneficiário da assistência judiciária gratuita.

 

 FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE

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