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IBGE: 2,6 milhões de brasileiros sofreram acidentes de trabalho em um ano

A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que, em 2019, 2,6 milhões de pessoas acima de 18 anos relataram ter sofrido algum acidente de trabalho nos 12 meses anteriores à entrevista. Essa quantidade de pessoas significa que 2,6% das que trabalhavam na semana de referência sofreram algum acidente de trabalho nos 12 meses anteriores à entrevista.

Os dados mostram que os acidentes são mais comuns entre homens, que representaram 68,7% do total, que entre as mulheres, que foram 31,3%. Entre as pessoas que informaram ter sofrido algum acidente de trabalho, 48% deixaram de realizar quaisquer de suas atividades habituais e 2,7% tiveram sequela física permanente em decorrência do acidente ocorrido

A exposição a algum fator que poderia afetar a saúde também foi mais frequente entre as pessoas pretas (54,1%) e pardas (52,3%) do que entre as brancas (44,6%), revelou a pesquisa.

O IBGE pesquisou também se as pessoas ocupadas de 15 anos ou mais de idade estiveram expostas a algum fator que poderia afetar a sua saúde, como, por exemplo, ruído, manuseio de materiais radioativos ou de resíduos urbanos, material biológico, entre outros. Das pessoas ocupadas, 49% declararam exposição a algum desses fatores – ou seja, quase 48,5 milhões de ocupados, sendo que a incidência entre os homens foi 59,7%, enquanto entre as mulheres, 35,6%.

Entre os que se afirmaram expostos, 25,5% declararam que estiveram expostas a ruído (barulho intenso); 23,5%, a uma exposição longa ao sol; 13,8% manusearam substâncias químicas (agrotóxicos, gasolina, diesel, formol, chumbo, mercúrio, cromo, quimioterápicos etc.); 11,5% estiveram expostas à poeira mineral, pó de mármore, de areia, de brita, de vidro (sílica), de amianto (asbesto), de ferro ou aço; 6,7% manusearam resíduos urbanos (lixo); 5,4% estiveram expostas a material biológico (sangue, agulhas, secreções); e 1,5% manusearam material radioativo (transporte, recebimento, armazenagem, trabalho com raio-X).

O IBGE ainda observou ainda que mais da metade (60,8%) das pessoas sem instrução ou com fundamental incompleto estiveram expostas a algum desses fatores. Em percentual menor (32,6%), porém ainda considerado significativo, o mesmo foi observado entre aquelas com ensino superior completo.

FONTE: VALOR ECONÔMICO por Rafael Rosas e Lucianne Carneiro

 

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